Mais de 17 milhões de brasileiros vivem com algum tipo de deficiência visual, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), e o acesso a tratamentos oftalmológicos permanece um desafio no Brasil.
Um levantamento da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) revela que dos 2.132 entrevistados, 11,6% nunca consultaram um oftalmologista, evidenciando a lacuna no cuidado à saúde ocular no país.
Diante desse cenário, iniciativas como o cartão Visão Saúde, lançado pela rede Vision One, representam uma alternativa para ampliar o acesso a serviços oftalmológicos em instituições particulares, especialmente para pacientes sem convênio médico ou condições de arcar com altos custos.
Disponível gratuitamente em unidades da Vision One em vários estados do Brasil, o cartão permite que, ao realizar o cadastro em uma instituição participante, a pessoa tenha acesso imediato a serviços oftalmológicos com valores reduzidos.
André Marinho, head de Marketing da Vision One e idealizador do projeto, explica que o Visão Saúde foi criado justamente para ampliar o acesso a cuidados oftalmológicos. “Nossa missão é quebrar as barreiras que dificultam o cuidado preventivo, como custos elevados e falta de informação”, diz.
Dessa forma, além de valores reduzidos em procedimentos, Marinho aposta em uma abordagem educativa para os usuários do cartão. “Investimos em campanhas de conscientização para reforçar a importância de consultar um oftalmologista regularmente, ajudando a combater o desconhecimento que perpetua essa realidade”.
Presente nas cidades de Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), Mauá (SP), Diadema (SP), São Paulo (SP), Santo André (SP), São Caetano do Sul (SP), São Bernardo do Campo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT), Aracaju (SE), Teresina (PI) e Parnaíba (PI), o Visão Saúde já impacta a vida de milhares de usuários em procedimentos que vão de simples consultas de rotina, até exames avançados e cirurgias, como a de catarata.
"De acordo com os usuários, o cartão tem permitido o acesso a consultas e tratamentos. A partir disso, ações foram tomadas para ampliar a rede de atendimento e incluir novas especialidades em áreas com maior demanda", relata Marinho.
Pode-se dizer que são milhares de pessoas que estão se prevenindo de assumir riscos desnecessários, como a compra de óculos de grau sem prescrição médica. Outro dado preocupante do levantamento da SBO é que 10,8% dos participantes admitiram fazer a compra do acessório sem qualquer receita de um oftalmologista em mãos.
Marinho acredita que iniciativas como o Visão Saúde podem servir de modelo para os setores público e privado, demonstrando que é possível democratizar o acesso à saúde com eficiência e sustentabilidade. Dessa forma, busca-se evitar que dados como esses aumentem e mais pessoas se coloquem em risco por falta de acesso à saúde de qualidade.
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